terça-feira, 23 de junho de 2009

Ver o invisível

A passadeira não estava lá, é certo. Mas supunha-se a sua existência. Ou, pelo menos, a equivalência dela, no que poderemos chamar de zona de atravessamento de peões. Um semáforo para eles, para nós, está lá, alternando o verde e o vermelho, como se espera. Ao meter-me ao asfalto, a meio caminho dessa travessia, um vulto sonoro atira à baixa esquerda. "Então, a passadeira?!? Atravessa-se assim? A passadeira!?!?!?". Estupefacto fiquei. A cabeça gorda saída do carro insistiu. "A passadeira!" Olhei para o verde do sinal e voltei a captar o carro que agora se afastava lentamente. A ausência de palavras prendeu-me o pensamento. Isto será não ver o visível ou ver o invisível?

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