segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cuidado com as vossas carteiras

Aí está mais uma "constipação do sistema", como alguns lhe gostam de chamar. A crise financeira mundial, com bancos julgados como sólidos a esvairem-se à imagem de balõezinhos de ar numa festa de crianças, ainda deixa alguns empedernidos na defesa do crescimento contínuo. Mais do que a consequência de uma indevida exposição a uma inoportuna corrente de ar, aquilo a que assistimos por este dia é o sintoma maior de uma doença grave: a miragem do lucro infinito. Trata-se menos do estertor do capitalismo, como alguns vaticinam, e mais do tocar de campainha para a evidência que muitos teimam em ignorar, a saber, os recursos são finitos e só a sua sábia utilização poderá conduzir a uma situação de equilíbrio. Temos vivido, nos últimos 20 anos, um cenário de autêntico banquete consumista, sem perceber que para ter é necessário criar condições, vulgo riqueza, para tal. Dito de outra forma, não existe riqueza, sem produção. O contrário é especulação. Os cartões de crédito e o petróleo barato continuam a iludir muita gente.

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