quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Hipóteses para óbitos felizes

No dia de finados, pautado pelas habituais romarias aos cemitérios, seria interessante tomarmos consciência da nossa finitude. Afinal de contas, como se costuma dizer, só temos como certa a morte. Dotados de tal em mente - exercício não tão fácil, é bom que se diga -, seria, então, mais fácil despirmos de carga dramática o fenecimento por manifesto expirar do prazo. Não só das gentes, como também, e principalmente, das ideias e práticas por elas transpostas para o quotidiano. Mudar hábitos não é fácil, sabemo-lo, mas pode-se tentar. A aceleração dos tempos é incontestável. A aceleração da mudança social não. Mesmo que pareça surgir a um nível epidérmico. A mediocridade lavra, com o verniz do glamour cada vez mais luzidio. Os "Grandes Portugueses"? Por favor. Por favor. Ao menos, ainda existe gente com humor, assim o demonstram os autores do Inimigo Público, ao despoletar concurso de polaridade inversa.
O que é incrível é a facilidade com que uma televisão pública embarca numa coisa que pretende não mais do que ser um acto onanístico da plebe deprimida.
O drama é que os portugueses médios não percebem que quanto mais bajulam os grandes, mais pequenos ficam.

Que morram as ideias idiotas. Cinzas à terra, para nela se renovar a vida.

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