A disseminação do ridículo
Ainda a propósito da disseminação de certas formas grotescas de utilização da língua portuguesa, nas quais podemos incluir o uso desregrado do termo "milagre" por parte de jornalistas, será curioso recordar as palavras do opúsculo "O caso mental português", de Fernando Pessoa:
"O povo, saiba ou não saiba ler, é incapaz de criticar o que lê ou lhe dizem. As suas ideias não são actos críticos, mas actos de fé ou de descrença, o que não implica, aliás, que sejam sempre erradas. Por natureza, forma o povo um bloco, onde não há mentalmente indivíduos; e o pensamento é individual".
In "Fama", n.º 1, Lisboa, 30 de Novembro de 1932
Sem acrescentar uma vírgula.
"O povo, saiba ou não saiba ler, é incapaz de criticar o que lê ou lhe dizem. As suas ideias não são actos críticos, mas actos de fé ou de descrença, o que não implica, aliás, que sejam sempre erradas. Por natureza, forma o povo um bloco, onde não há mentalmente indivíduos; e o pensamento é individual".
In "Fama", n.º 1, Lisboa, 30 de Novembro de 1932
Sem acrescentar uma vírgula.
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