quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Horror ao silêncio

Estranho hábito este, o de responder com barulho, aplausos e cânticos, quando se apela a um singelo minuto de silêncio. Vimo-lo hoje, dia do funeral do futebolista António Puerta, do Sevilha, e no passado fim-de-semana, com a homenagem a Murça, antigo atleta do Futebol Clube do Porto. Tais reacções levam-nos a pensar que o horror ao silêncio, e por conseguinte a forma "espectacular" como lidamos com a perda, estão a ganhar campo a cada dia que passa. Um minuto de silêncio, por mais bizarro que pareça - e é-, passou a ser um minuto de total fobia ao silêncio.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Grande Nelson Évora

Um triplo salto de ouro: primeiro, para a medalha do lugar mais alto do pódio; depois, para o atletismo português, que cada vez mais se afirma nas disciplinas técnicas; e, por último, por cima da idiotia do PNR e do patético líder Pinto Coelho.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Pior a emenda que o soneto

A intenção até era boa, mas revelou-se nada mais do que um fracasso. Cortou-se o trânsito no Terreiro do Paço, neste último domingo, e, como consequência, teve-se o caos nas artérias adjacentes. Repetimos, a ideia até era boa. Entusiasmamo-nos com ela, esperançados que um dia aquela magnífica praça ganhe a dignidade que há tanto tempo perdeu. Mas, convenhamos, fazer do automóvel - independentemente do que se passou ontem no Terreiro do Paço - o protagonista, quando o que se queria era precisamente o oposto, não foi muito feliz. Uma ideia a reformular rapidamente.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Imundície crónica

Difícil de entender a dificuldade dos portugueses em manter uma rua limpa. Olhando de longe, chega a ser confrangedor o cenário dos nossos exteriores, se comparados com os congéneres europeus. Afinal, não nos devemos espantar, pois esta sempre terá sido a prática, há já muito relatada por cronistas estrangeiros em visita ao burgo. De qualquer maneira, é triste, e reveladora, a forma como todos se acomodam a este cenário, sem protestar ao notar os comportamentos mais incivilizados dos concidadãos. Espelha a sociedade que somos.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Prevê-se já o pior

Pois...ainda a procissão nem sequer chegou ao adro, e já se antevêem momentos turbulentos nos destinos da governação camarária em Lisboa. Não era isto que os lisboetas esperavam, ou pelo menos precisavam, depois do anedótico consolado carmoniano. Atenção aos próximos desenvolvimentos.