quinta-feira, 25 de junho de 2009

Forma é diferente de fruta

Atenção! Não confundam a casca da fruta com a mesma. Alguma pode comer-se com casca, mas outra não. A isso se chama a diferença entre forma e conteúdo, entre sintaxe e semântica. Nunca como hoje nos tentaram vender a fruta tão normalizada, tão perfeita. O argumento é o mesmo de sempre: o aspecto.

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Explicação para um hiato

Podia escrever muito mais. A ponto de colocar actualizações neste blog com muito maior regularidade. As boas ideias até vão surgindo. A sério. Mas, raio, esqueço-me de as apontar para mais tarde as escrever. A sério, mesmo.

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terça-feira, 23 de junho de 2009

Ver o invisível

A passadeira não estava lá, é certo. Mas supunha-se a sua existência. Ou, pelo menos, a equivalência dela, no que poderemos chamar de zona de atravessamento de peões. Um semáforo para eles, para nós, está lá, alternando o verde e o vermelho, como se espera. Ao meter-me ao asfalto, a meio caminho dessa travessia, um vulto sonoro atira à baixa esquerda. "Então, a passadeira?!? Atravessa-se assim? A passadeira!?!?!?". Estupefacto fiquei. A cabeça gorda saída do carro insistiu. "A passadeira!" Olhei para o verde do sinal e voltei a captar o carro que agora se afastava lentamente. A ausência de palavras prendeu-me o pensamento. Isto será não ver o visível ou ver o invisível?

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Máquina no café

É a máquina no café. Quente, barulhenta, grande. Alimenta quem ali vai todos os dias, nem que seja por uns instantes. Ela brilha e sem ela nenhum café deste país podería ser considerado como tal. Ocupa mesmo o lugar central. Ninguém dispensa a máquina no café, seja ao pequeno-almoço, almoço, lanche ou jantar. O que dela sai a todos aquece e reconforta nos dias de Inverno. O que dela sai é barato e faz muitos dizerem que não sabem viver sem ela. Que diferença faz uma televisão no café.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Na paróquia tudo vai calmo

Um treino de fitness matinal de executivos, num parque público do Porto, passa como reportagem, ao fim de um quarto de hora. Na televisão do Estado. A turbulência em redor das eleições do Irão passa lá mais para meio do "jornal". Somos tão abertos ao mundo, nesta coisa pequenina chamada Portugal.

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