quarta-feira, 23 de abril de 2008

Teleditadura

É impressionante a quantidade de lixo televisivo que canais musicais como o francês MCM passam todos os dias. Banalidade sobre banalidade, num tapete sonoro matizado por um híbrido de r&b, techno, hip-hop e demais genalogias pop, mas em versão de terceira categoria. É esta coisa, com videos cheios de tipas de curvas generosas e rapazes musculados, que enche as cabecinhas dos nossos adolescentes. E, depois, adirem-se de termos cenas como aquela do "dá-me o telemóvel, já!"

O fedor dos Gatos

A campanha publicitária em prol da nova plataforma de televisão digital da PT, o denominado pacote MEO, só veio confirmar aquilo que já se sabia. Ou já se desconfiava. Ou, até, já se temia.  Os Gatos Fedorentos estão insuportáveis, cabotinos. Atingiram bem mais depressa do que seria de supor o estado de enjoo idêntico ao que vitimou o nosso interesse por Herman José, há mais de uma década. O mediatismo excessivo, coisa com que Herman não contava "no seu tempo", poderá ser uma das explicações. Mas está longe de ser a única.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Ufff!!

Acabou o pesadelo Menezes à frente do maior partido da oposição. Não sabemos onde é que isto nos leva, mas, pelo menos, sabemos que acabou. O país precisa de alguém que faça oposição a Sócrates. A bem de todos nós.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Moretti Vs Berlusconi

Silvio Berlusconi anuncia que vêm aí tempos difíceis para os italianos. Depois de derrotar, mais uma vez, a esquerda - neste caso, e apesar de tudo, o pólo onde ainda resta alguma racionalidade e bom-senso políticos naquele país -, prepara-se para formar governo. Sobre a personagem, não será necessário tecer muitos comentários. É um daqueles casos em que o irreal se torna real, três vezes. Como entendemos tão bem Nanni Moretti. Alguém comentava por estes dias que os italianos são uns portugueses ao quadrado. Sem dúvida. Há que temer o futuro, também por cá.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Primavera, finalmente

Depois de um interregno de quase dois meses, coincidente com as intermitências meteorológicas, eis-nos de volta. A Primavera, se bem que com algumas semanas já contadas no calendário, finalmente. 

E a renovação, dizem, faz-se nesta altura. Razão basta para olhar com algum pasmo para esta capacidade do humano em voltar a acreditar. Voltar a acreditar, apesar de tudo. Mesmo com a destruição, a traição, a miséria, a mais abjecta solidão. 

Sim, a Primavera é uma época de crença. Mesmo que estúpida que nem uma parede.  E que mal tem isso?